COMO A LUTA ANTIMANICOMIAL ESTÁ INSERIDA NAS MELHORES FORMAÇÕES EM PSICOLOGIA?
Tipo de trabalho
Pôster
Autor Principal
MARIA CAROLINA GOMES DE SOUZA
Instituição
Universidade do Vale do Paraíba
Autor(es)
Laura Gomes do Nascimento Santos
Instituição Origem
Universidade do Vale do Paraíba
Autor(es)
Lívia Gonsalves Toledo
Instituição Origem
UNESP
Financiador
Sem Financiador -
Eixo
Eixo 3 - Formação em psicologia: reflexões e ações para uma formação crítica
Área
Formação em Psicologia
Palavra-chave
Luta antimanicomial
,Formação em Psicologia
,Criticidade
Resumo
Introdução e Objetivos: Em 1962 é regulamentada a formação em Psicologia no Brasil, baseada em um Currículo Mínimo, que promovia uma formação mecanicista e carente de crítica. A partir da implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais em 2001, atualizadas até 2011, as formações adotam o estudo da subjetividade conectada com a realidade socioeconômica e cultural brasileira. Essa modificação surge no mesmo contexto em que ocorrem conquistas como a aprovação da Lei da Reforma Psiquiátrica (10.216/2001) e a criação dos Centros de Atenção Psicossocial, serviços criados para substituir os hospitais psiquiátricos. Entende-se que a formação em Psicologia precisou reestruturar-se para abarcar as mudanças no campo político social. Este ensaio visa analisar Propostas Pedagógicas Curriculares de formações em Psicologia, a fim de verificar a inserção da lógica antimanicomial. Método: Pesquisa documental informativa via análise crítica das Propostas Pedagógicas Curriculares e Ementas das formações em Psicologia de nota 5 na avaliação do MEC. Expectativa de Resultados: Por meio deste estudo é esperado encontrar indicações sobre um movimento de ensino que fomenta uma formação em Psicologia crítica, emancipatória e combativa contra os regressos das políticas públicas de cuidado com a saúde mental. Discussão: Diante dos recentes retrocessos da Política Nacional de Saúde Mental em 2019, ampliando a quantidade de leitos psiquiátricos nos serviços da Rede de Atenção Psicossocial, fortalecendo uma prática de cuidado que retira do território, segrega e exclui, a continuidade deste ensaio discutirá se as formações atuais de Psicologia alimentam o projeto de uma sociedade antimanicomial ou corroboram para a manutenção desta lógica.