Informações do trabalho

Título
O PAPEL DA PSICÓLOGA DIANTE DA PATOLOGIZAÇÃO DO SOFRIMENTO DA MULHER VÍTIMA DE VIOLÊNCIA
Tipo de trabalho
Pôster
Autor Principal
LUCIANA PEIXOTO DOS SANTOS
Instituição
Universidade Anhembi Morumbi
Financiador
Sem Financiador -
Eixo
Eixo 2 - Psicologia, diversidade e direitos humanos: avanços e desafios para a ciência e profissão
Área
Psicologia em Saúde
Palavra-chave
violência contra a mulher ,atuação da psicóloga ,saúde pública
Resumo
De acordo com a OMS (2021), uma em cada três mulheres no mundo sofre ou já sofreu violência física ou sexual. Além disso, no Brasil ainda existe um índice muito alto de subnotificação, que se dá geralmente pelo fato das mulheres não chegarem aos serviços de proteção, mas também por parte dos serviços que recebe essas mulheres e muitas vezes não notificam. (KIND et al. 2013). Outro dado bastante alarmante é que a utilização de medicamentos, principalmente psicofármacos por mulheres chega a ser duas vezes maior que pelos homens (FONTANELLA, 2017). Segundo Moretto (2019), o corpo para a psicanálise é diferente do corpo para a medicina (biológico e anatomopatológico, objetivado pela ciência positiva). Deste modo, a paciente vítima de violência na instituição de saúde, dificilmente terá seus sintomas subjetivos compreendidos pela medicina tradicional, e é nesse momento que a escuta psicológica se torna tão importante. A psicóloga tem a função de ouvir este corpo, escutar essa dor latente que nem mesmo a própria mulher violentada é capaz de ouvir. A mulher vítima de violência experiencia muitas perdas, inclusive perda de sua própria subjetividade. Percebemos que o sofrimento dessas mulheres, quando chega até as instituições de saúde, nem sempre é notificado, mas medicado é. Consequentemente, torna-se responsabilidade das equipes de saúde mental, e é esse o ponto que venho explanar neste artigo com o intuito de promover reflexões acerca da atuação das profissionais de psicologia diante da patologização do sofrimento dessas mulheres.
ISBN
978-85-67927-02-2