A participação em gestão dos sistemas conselhos é um desafio, individual e coletivo. É um espaço em que se desafia a debater a psicologia que se acredita, construindo possibilidades de efetivar uma prática profissional pautada por princípios éticos e políticos, de compromisso com os direitos humanos. Em 2019 as gestões dos conselhos regionais se renovaram. Meses depois de empossadas, tiveram o desafio jamais previsto da Pandemia, que provocou reclusão, distanciamento e isolamento social. Foram muitos os desafios impostos à Psicologia, e o sistema conselhos precisou responder rapidamente à categoria e à sociedade. A experiência do RS traz a implantação do GT Biossegurança, que foi o organizador das ações do CRPRS. A partir desse GT, reconheceu-se novas possibilidades de reunir, dialogar e manter contato entre colegas. O mundo remoto, e depois híbrido, oportunizou encontros nunca antes possíveis, e que se efetivaram em possibilidades de articulação de potentes coletivos. Por outro lado, ao se dispor a identificar as condições de biossegurança no trabalho de profissionais da psicologia, se identificam condições ainda precárias de segurança, organização, com processos de trabalho ainda dissociados e fragmentados de outras categorias profissionais, e principalmente das demandas contemporâneas. O presente trabalho pretende apresentar os achados nesse percorrido, levantando as possibilidades encontradas e experimentadas ao longo da gestão do CRPRS, elencando os desafios ainda presentes, e as mudanças que foram possíveis. Mudanças essas na organização do sistema, mas principalmente dos coletivos que se estabelecem entre colegas.